Esse texto eh de um amigo
Ele consegue externar tao perfeitamente as coisas sobre o q penso da vida.
Vou omitir uns trechos mas o basico estara aqui resgistrado:
"Ao longo da vida, desde nosso nascimento, quantas mentiras são ditas a todos nós? Quantas
histórias fictícias, da carochinha, nos enfiam goela abaixo? Coelhinho da Páscoa, Papai Noel, vida justa, Deus. Mentiras e histórias que criam, na esperança de amenizar uma situação, ilustrar, deixar algo mais bonitinho ou fácil, dar um alento, te apresentar opções fugazes e efêmeras.
E, talvez a maior de todas essas mentiras, seja aquela frase que diz:
A vida continua
Não, senhores, a vida não continua. O que continua, diante de fatos marcantes que nos são arrancados, sejam eles pessoas, histórias ou lugares, é a nossa existência . Dizer que a vida segue é um erro muito grande.
Tenho aprendido, cada vz mais forte, que precisamos mandar as coordenadas para o cérebro tais quais elas são. Uma palavra mal colocada, um sinônimo mal encaixado, e isso pode nos gerar problemas reais num futuro não muito distante. Por isso, cada vz tenho me tornado mais chato e minucioso em minhas análises e principalmente, na forma de passa-las adiante. Seja para mim mesmo, seja para terceiros. E, minha última percepção diz claramente que é um erro brutal usar essa frase, pois em nada ela é real.
Quantos de nós, e quantas vzs, diante daquela pancada que nos tira o chão, respondemos a pergunta “Como vc está?” com a palavra “Vivo”? Esse “vivo” já se condicionou a representar aquele estado de existência quase prostrada diante das situações, aquele estado de respirar e não produzir, aquele sentimento de congelamento que nos impede de seguir nossos planos, desejos e vontades como se estivéssemos em nossa rotina habitual. Ou seja, esse “vivo” representa única e exclusivamente a antítese do “morto”. Resumindo: o correto aqui seria dizer “existindo” e não “vivo”. Vivo está aquele que sente, aquele que faz, aquele que ri e chora e goza e enfurece como se não houvesse daqui a pouco. Quem não está assim, simplesmente mantém suas funções biológicas, existindo.
Isso sem dizer a grande balela, que todos nós aprendemos mas não assumimos, que diz que, quando diante de uma grande perda, a vida continua. Nunca! Nossa vida acaba junto! Diante de algo que nos é extremamente caro, sua falta nos faz continuar iguais de que forma? Impossível! Sempre que nos deparamos com algo assim, precisamos nos adaptar. Precisamos entender a nova realidade. Nos colocarmos de formas diferentes. Precisamos morrer. Renascer numa nova realidade, com novos sentimentos, novas metas e horizontes. Ou seja, a vida NÃO continua! Ela para SIM. Há uma interrupção de coisas, fatos, planos, histórias, sentimentos, metas, tudo! Não podemos continuar vivendo sob a alcunha de ditados que não nos fazem absorver as experiências como elas realmente precisam.
Quão ilógico seria eu dizer que minha vida continuou após ........ ? Tudo, absolutamente TUDO em minha vida mudou depois de sua passagem e das vivências que tive naquele momento. Não existe a ótica de dizer que, após o furacão passado, minha vida continuou, pois eu já era outro, como ser e indivíduo! Logo, tudo a minha volta também. Minha vida não continuou, ela paralisou em algum momento, metamorfoseou e recomeçou, com novas idéias, metas, horizontes e
percepções.
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A falta de lógica é inserida naturalmente, e explícita! Em momento algum eu lutei para continuar minha vida, eu lutei para manter meus sinais vitais acesos, para que minha vida antiga queimasse e uma nova pudesse vir em seu lugar, já que não havia o menor sentido continuar o que eu tinha, o que eu era, sem sua presença.
Da mesma forma que minha vida não continuará agora. Não faz o menor sentido manter vivo aquele EU*** que viveu em Novembro/Dezembro de 2010, pois aquele já não pode mais se refletir no mundo. Não há mais lógica em continuar com seus planos e seus desejos.
O grande problema é que, aquele EU***, aquele mesmo que iniciou 2011 pronto para finalmente alcançar o Eldorado, já não possui mais forças. Hoje, ele mais se assemelha a uma carcaça que se arrasta, por conta de tudo o que se pré dizpôs a viver...
Morrer e renascer exige uma força descomunal.
Talvez aqui more a explicação para tantos “mortos vivos” covardes se arrastando pela vida.
Sinceramente, hoje, não me sinto capaz de realizar mais essa metamorfose. Embora eu saiba que não me resta outra coisa nesse momento além de morrer. Qual a alcunha que essa necessidade assumirá em minha vida, apenas o prosseguir dirá. A única coisa que posso afirmar, do pouco vital de mim que ainda resta, é que não estou pronto para te perder.
[by Evandro]
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Simplesmente perfeita essa colocação de nos mesmos perante o mundo e seus chavoes inuteis!
Tão perfeita q faço parte desse contexto nesse momento!
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